Confesso que quando descobri o modelo de Marcowitz há alguns anos, fiquei um tanto quanto maravilhado. Algo como descobrir um tesouro perdido, um segredo de 7 chaves. Afinal, a imagem de uma carteira de ativos "perfeita" é algo que todo investidor busca obter. Entretanto, para quem já conhece a teoria, sabe que a realidade não é tão perfeita assim.
O inovador trabalho de Harry Markowitz, que em 1959 publicou seu famoso livro Portoflio selection: efficient diversification of investiments, partiu da premissa de que a decisão sobre a composição de uma carteira de investimentos está fundamentada apenas no valor esperado e no desvio padrão do retorno da carteira, e que essa decisão é consequência de um processo de minimização de risco (minimização de desvio padrão). Markowitz ganhou o premio Nobel de Economia em 1990.
Ou seja, um investidor pode "bater" o mercado (benchmarking) comprando ativos de bons retornos históricos, e que em conjunto tenham um desvio padrão total baixo (baixa/negativa correlação entre ativos).
Porem, a metodologia tende a ser menos eficiente em mercados de instabilidade econômica ou em governos intervencionistas. Isso porque abruptamente esses governos podem mudar a regra do jogo, e os ativos que anteriormente tinham bons retornos históricos e/ou baixa volatilidade, passem a ter retornos negativos e/ou alta volatilidade. Um exemplo foram as ações de empresas de energia elétrica, que por muito tempo foram um porto seguro de estabilidade e altos retornos, mas que atualmente são destaques negativos em rentabilidade nos últimos meses.
Ainda assim, a teoria de Markowitz foi um marco para a alocação portfólio, sendo amplamente utilizados pelos mais diversos tipos de investidores.
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